Intercâmbio de conhecimentos no Corredor Seco Centroamericano

No marco do encerramento da Fase Territorial, o projeto DAKI – Semiárido Vivo está realizando encontros regionais para compartilhar conhecimentos sobre Agricultura Resiliente ao Clima.

Em 17 de novembro, foi realizado o Encontro Virtual de Participantes do Programa de Formação em Agricultura Resiliente ao Clima (ARC) no Corredor Seco Centroamericano. Na reunião, foram apresentados os Planos de Agricultura Resiliente ao Clima, elaborados pelos participantes do Programa de Formação promovido pelo projeto DAKI – Semiárido Vivo, a partir de cada uma das culturas das comunidades participantes. 

O plano para a Etapa Territorial tem o objetivo de incentivar a realização de  atividades que permitem aos produtores implementar práticas agrícolas resilientes em suas comunidades e trabalhadas anteriormente na Etapa Curso. 

Para María Elena Rivas, gerente da ASIBAHÍA (Asociación Intermunicipal de los Municipios de Bahía de Jiquilisco), o Programa de Treinamento ARC foi inclusivo e representou uma oportunidade de aprendizado para pessoas de diferentes origens acadêmicas. “Este curso DAKI veio para fortalecer as capacidades em todos os níveis. Este conhecimento já está sendo replicado nas comunidades”, disse Rivas. 

No caminho da resiliência

Durante a sessão virtual , houve a oportunidade de ouvir o trabalho de oito grupos dedicados a diferentes aspectos da Agricultura Resiliente ao Clima. O primeiro caso apresentado foi o da Emerita Echeverría, que é membro da Associação de Mulheres Feministas Rurais de Tejutepeque, no departamento de Cabañas, El Salvador. 

Emerita é uma produtora que, junto com sua família, pratica agroecologia e comercializa seus produtos para membros de sua comunidade. O segundo projeto correspondeu à ACOPAU (Asociación Cooperativa de Producción Agropecuaria de Usulután de R.L.), dedicada à apicultura e à produção de mel, e cujo objetivo é reflorestar algumas áreas a fim de contribuir para o meio ambiente e criar um habitat ideal para as abelhas. 

Desde Usulután, dois outros grupos apresentaram seus trabalhos baseados em fertilizantes orgânicos e agroecologia: APAOSIETE (Asociación de productores de la Sierra Tecapa), que são especialistas na diversificação de espécies, e ASIBAHÍA, que promovem a preparação de fertilizantes baseados em microorganismos sólidos e líquidos.

Outras organizações participantes da sessão foram a Universidade de Oriente, a CORDES (Asociación Fundación para la Cooperación y el Desarrollo Comunal) em Suchitoto, a ADEL em Sonsonate e a Escuela Agroecológica de Arambala, que apresentou planos visando o reflorestamento e a conservação e diversificação de espécies vegetais e sementes. 

Setores e organizações participantes 

Entre as organizações participantes do Programa de Formação em ARC do DAKI – Semiárido Vivo estão atores com diferentes áreas de especialização, tais como: tratamento e conservação de sementes nativas, pátios produtivos e fazendas silvipastoris, produção agroecológica, apicultura, entre outras. 

As organizações participantes também incluíam grupos de diferentes áreas da região da América Central e El Salvador. Entre eles estavam coletivos de mulheres, comunidades tradicionais, técnicas, técnicos, produtoras, e produtores que, apesar das limitações de deslocamento e conectividade  , conseguiram participar do processo. 

O trabalho agrícola é bastante pesado e envolve muito tempo e dedicação, razão pela qual o Coordenador do DAKI – Semiárido Vivo no Corredor Seco Centroamericano, Ismael Merlos, agradeceu o interesse das pessoas que fizeram parte do processo de formação em  ARC.  “Sabemos que participar do programa de treinamento significou um grande esforço, pois sabemos que vocês estão sobrecarregados com suas tarefas e obrigações dentro de suas organizações”, disse Merlos.

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