Conectando as juventudes dos Semiáridos

Como a conexão com outros grupos de jovens pode fortalecer a juventude dos Semiáridos latino-americanos? E como garantimos isso?

Essa foi a questão que motivou o quinto encontro online das juventudes dos Semiáridos da América Latina, promovido pelo projeto DAKI – Semiárido Vivo e que  contou com a participação de 47 pessoas. 

Os encontros temáticos anteriores discutiram questões diversas, como relembrou Sofía Sibrian e Enrique Campos, de El Salvador em sua apresentação:

Defendemos ideias, valores e terras.

Fundamental para toda a nossa vida.

Falamos sobre identidade e agroecologia.

Da auto-organização e da sua grande magia.

Na comunicação encontramos estratégia.

Para tecer juntos. Que ótima empresa!

Sofía Sibrian, del El Salvador, durante o Encontro de Saberes. 

A programação faz parte do 3º Programa de Formação em Agricultura Resiliente ao Clima e é uma preparação para os intercâmbios presenciais que acontecem no Brasil e na Argentina. 

João Vitor do Nascimento Correia, representando a juventude pernambucana, também apresentou uma poesia e defendeu a importância dos encontros. “Nós estamos distantes, mas através deste meio vemos a importância do trabalho em grupo e de construir algo em conjunto, mesmo que de forma remota”. O estado de Pernambuco também apresentou um vídeo, onde jovens comentaram sobre a experiência junto ao DAKI. 

Micaela Leguizamon, da Argentina, contou que o grupo da sua província se reuniu para falar sobre as mudanças pessoais durante esses encontros. Ela viajou para o intercâmbio no Rio Grande do Norte, e contou como ela e seus companheiros de viagem ficaram impactados com a produção de alimentos saudáveis em pequenas porções de terra, além do uso de técnicas de reúso de águas. “Como jovens, é importante aproveitar estas oportunidades e sair de seus lugares”, comentou. 

Valéria Bezerra e Adailma Ezequiel, do estado da Paraíba comentaram sobre o processo de discussão entre o Grupo de Trabalho da Juventude da Paraíba. “É importante formarmos uma rede para nos comunicarmos entre a juventude da América Latina. É importante o trabalho em rede e o diálogo de jovem para jovem.” concluiu Adailma.

Gustavo Silva, de Jujuy, província da Argentina, trouxeram uma música para demonstrar um pouco da cultura indígena Guarani e Coya. 

Raysa Rodrigues, representando a juventude das Escolas Famílias Agrícolas de Minas Gerais, trouxe a perspectiva da educação como comunicação enquanto uma estratégia da juventude. “A educação pode abrir uma porta para a comunicação e por isso trouxemos fotos que mostram a comunicação entre jovens no dia-a-dia das escolas”.

João Luiz, Raquel e Ruth, do semiárido da Bahia, apresentaram um cordel. Além disso, empolgados com o processo de discutir juventude, criaram um instagram (@simborajuba) para falar sobre o tema para outras juventudes. 

Luiz Naobil Xep, do Corredor Seco, afirmou: “o intercâmbio nos deixa experiências exitosas para replicar em nosso território”. Também comentou do protagonismo das mulheres e sobre o processo de recuperação dos conhecimentos ancestrais no qual estão engajados, recuperando conhecimentos antigos, como o calendário Maya. 

Rosa Recinos da associação de agroecologia Meraki 

Rosa Recinos, do Corredor Seco, apresentou o trabalho da associação de agroecologia Meraki e o protagonismo da juventude nela. Kaline e Anderson, jovens indígenas da etnia Potiguara, do Rio Grande do Norte, ressaltaram a importância de um momento coletivo para dividir experiências e angústias como parte do processo de criação de lideranças de jovens no rural.

Confira a cobertura completa das oficinas virtuais do 3º Programa de Formação em Agricultura – DAKI Juventudes

#4 Comunicação e visibilização de experiências juvenis no campo: jovens em diálogo

#3 Auto-organização das juventudes para resistência e permanência no campo: desafios e avanços. 

#2 Agroecologia: autonomia, resistência, segurança alimentar e geração de renda para juventudes

#1 Identidade das juventudes rurais

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